Na prática, o pagamento das prestações do consórcio, em relação ao pagamento de outras formas de obtenção de crédito, se mostra mais vantajoso, afinal, o consórcio é tido como uma das melhores formas de compra a longo prazo que existem.
Mesmo em um contexto de pandemia, os brasileiros não deixaram de preferir o consórcio com o fim de adquirirem bens de valor mais alto do que suas rendas mensais podem cobrir. Isso porque as prestações do consórcio não possuem os juros muito altos, tão característicos dos empréstimos. Além disso, também não é necessário dar uma entrada no consórcio, como acontece nos financiamentos.
Via de regra, o valor de todas as parcelas, isto é, durante todo o andamento do consórcio, não se altera, mas existem algumas situações que podem tornar esse valor flexível. Fora isso, as prestações do consórcio devem somar exatamente o mesmo valor do crédito solicitado, com acréscimo das taxas de administração e fundo de reserva.
É preciso notar que, apesar das prestações do consórcio se materializarem da mesma forma, o valor das parcelas será sempre diverso de um grupo para outro, pois os bens pretendidos pelos consorciados também são.
Por exemplo, um consórcio de imóveis é um dos que têm o maior tempo de duração, com as parcelas mais caras. Já o consórcio de motos pode ser um dos mais acessíveis que existem.
Confira a seguir o valor médio esperado das prestações do consórcio em todos os tipos de categoria. Veja também se os valores das parcelas podem sofrer alterações, como funciona o reajuste e o que acontece se a sua parcela do consórcio estiver em atraso.
Quanto pode custar uma prestação de consórcio
Antes mesmo de partir para os valores das prestações do consórcio em si, é necessário explicar como é feito o cálculo dessas parcelas, pois assim o preço de cada uma fará sentido.
Em um consórcio, não há entrada, portanto, não há uma diminuição nas parcelas em relação ao valor total e ao seu número, isto é, o tempo de duração do pagamento. Por outro lado, também não há juros, uma vez que não é cobrado esse tipo de taxa, tão comum nos empréstimos. Mas não é correto dizer que o valor da soma das prestações do consórcio equivale somente ao valor do bem requerido no contrato.
De fato, existem duas taxas embutidas nas parcelas, o que torna o seu valor ligeiramente mais caro do que seria a exata divisão em meses do custo do bem consorciado. A primeira é a taxa de administração, que se refere às despesas que a administradora tem para manter o grupo do consórcio.
Já a segunda é cobrada para garantir o fundo de reserva, que reserva nada mais é do que uma precaução, um plano de contingência contra eventuais inadimplências. É necessário porque toda a razão de ser do consórcio é o pagamento coletivo, e em teoria, quando todos pagam as parcelas fielmente, todos bancam o contemplado do mês, até que a última pessoa seja contemplada e o grupo seja fechado.
Infelizmente, as inadimplências acontecem e para estar apta a contemplar os consorciados pagantes de qualquer maneira, a administradora se utiliza do fundo de reserva. Observados os motivos levados em conta no cálculo das prestações do consórcio, vamos aos valores dos principais tipos.
O consórcio de motos geralmente é um dos mais baratos entre os de produtos, e possui parcelas que podem ir de R$ 162,00 até R$ 1.084,00. Essa variação se dá conforme o número de parcelas, onde o menor corresponde a um consórcio de 80 meses e o maior a um de 12 meses.
Um consórcio de veículos pode cobrar parcelas que vão de R$ 553,00 até R$ 719,00. Esses valores são estimados com base no carro escolhido como referência no contrato. Se for levar em conta a quantidade de parcelas, pode subir para uma média de R$ 1.500,00 ou mais.
Já o consórcio de imóveis é daqueles cujas parcelas são mais caras, pois sua carta de crédito gira em torno de R$ 270.000,00 até R$ 300.000,00. Logo, as parcelas ficarão entre R$ 1.670,00 e R$ 1.855,00, aproximadamente.
Já o consórcio de aviões, do tipo ultraleve, possuem parcelas que podem sofrer variações grandes, a depender de sua quantidade. Em geral, as mais baratas ficam em aproximadamente R$ 517,50 e as mais caras em R$ 4.200,00.
As prestações do consórcio de serviços, por sua vez, são muito variadas, pois a natureza de cada serviço reflete um valor total de crédito diverso. Serviços mais baratos, como alguns procedimentos estéticos, podem ter parcelas de R$ 100,00 até R$ 300,00 em média, mas isso depende da quantidade de prestações. Algumas cirurgias estéticas podem custar e gerar proporcionalmente mais altas.
Por fim, o consórcio de games, cada vez mais popular, gera parcelas que vão de R$ 93,00 até R$ 237,00. O valor depende tanto do produto referenciado no contrato quanto da quantidade de prestações.
Esses valores podem sofrer alterações?
O valor das prestações do consórcio é passível de alteração diante de situações específicas. A primeira delas se dá com razão de eventualidades que podem acontecer na vida financeira do consorciado, que se por algum motivo ele não puder arcar com o valor inicial das parcelas, é possível negociar com a administradora para diminuí-las.
No caso da diminuição do valor das parcelas, é possível requerer que a linha de crédito passe por uma redução proporcional. Assim, na contemplação, a carta de crédito terá um valor menor.
Em uma situação oposta, o consorciado pode solicitar um aumento do valor das prestações do consórcio junto à administradora. Disso resultará uma redução na quantidade de parcelas. Em proporção, o tempo de pagamento do consórcio também é reduzido, assim como do recebimento de sua carta de crédito, sem considerar, é claro, a possibilidade da contemplação por sorteio, o que aumenta ainda mais as suas chances de ganhar.
Ademais, é preciso mencionar que, além do sorteio, o consórcio funciona por lance, que é na prática um jeito de antecipar as parcelas do consórcio. Quando o consorciado dá o lance vencedor, ele deve pagar com o valor proposto para ser contemplado com a carta de crédito, valor esse que corresponde a algumas prestações do consórcio somadas.
O que pode resultar disso é a diminuição na quantidade de parcelas, o que reduz o tempo do consórcio. Em outros casos, o lance é dado com o consórcio em andamento há mais tempo, o que pode reduzir a quantidade de parcelas restantes a zero, e com isso o participante é contemplado e, em simultâneo, chega ao fim do consórcio.
A última possibilidade de flexibilização no valor das prestações do consórcio é o reajuste, que será discutido no tópico a seguir.
Como funciona o reajuste?
Uma das vantagens do consórcio, é que esse tipo de compra planejada não sofre com as altas ou baixas de inflação que podem abater o país. O que ocorre é que, devido a natureza demorada do consórcio, a carta de crédito pode perder o seu poder de compra, e no fim das contas o consorciado perderia dinheiro dessa forma.
Para que isso não aconteça, o crédito passa por um reajuste com base nos índices inflacionários. Logo, na contemplação o valor do crédito não muda, conforme estabelecido no contrato. Mas, para que esse reajuste aconteça, o valor das parcelas deve ser reajustado também, de forma proporcional.
O que acontece quando minha parcela está em atraso?
Quando há parcelas em atraso, ou seja, inadimplência, você deve notificar à administradora imediatamente os motivos. Nesses casos, é possível renegociar a dívida, e o valor excedente será embutido nas próximas parcelas.
É preciso ficar atento às normas impostas pelo contrato, visto que algumas administradoras cobram multa sobre cada parcela não quitada. Além disso, muitas se reservam ao direito de cancelar a cota do consórcio quando pelo menos duas parcelas seguidas não forem pagas, sem qualquer justificação do consorciado.
Conheça os tipos de consórcio:
- Consórcio de Imóveis
- Consórcio Gamer
- Consórcio de Eletro
- Consórcio de Carros e Motos
- Consórcio de Viagem
- Consórcio de Serviços
- Consórcio de Barcos e de Aviões
- Consórcio de Máquinas e Consórcio de Equipamentos
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