Só quem já fez é capaz de convencer se o consórcio vale a pena ou não. Já bem conhecida, essa modalidade de obtenção de crédito faz sucesso e com bons motivos, por ser diferenciado em relação a outros tipos de crédito, como financiamento e empréstimo, porque ocorre em grupo somente.
O desejo de adquirir um produto ou serviço nem sempre sai do papel, pois o valor correspondente a estes ultrapassa e muito o orçamento mensal. Muitas pessoas, com o fim de realizar sonhos e obter bens, caem nas armadilhas dos empréstimos e até dos cartões de crédito. O problema desses tipos de crédito são os juros.
Até os financiamentos possuem juros, e no Brasil, essa taxa pode ser muito grande.
No consórcio, não se adquire o bem de imediato, mas em compensação é possível planejar a sua compra do início ao fim. O consórcio vale a pena porque é um negócio certeiro, sem surpresas em meio a sua duração ou depois. Mas até onde isso é verdade?
Entre os tipos de consórcio, vale a pena citar o consórcio para carro e moto, pois é uma das categorias mais populares. Com ele, é possível casar o momento da aquisição do veículo com o pagamento das parcelas.
Essa é a questão aqui: planejamento total, que deve ser aplicado tanto para calcular o gasto com as parcelas do consórcio, quanto para obter o bem, que não será imediatamente.
Confira a seguir os detalhes e veja se o consórcio vale a pena e quais são os motivos para isso.
Descubra as diferenças entre consórcio e financiamento e decida qual dessas modalidades de receber crédito é a mais acertada para você.
Consórcio vale a pena?
O consórcio vale a pena por causa de alguns fatores, que vão desde a forma de pagamento, o contrato, as regras, os sorteios, os lances e, claro, as contemplações. Cada um desses elementos é responsável por fazer do consórcio um meio muito popular de obtenção de crédito.
O fator de diferenciação do consórcio é o meio de pagamento. Em empréstimos o normal é pegar o crédito com a instituição financeira ou banco. Se aprovado, o valor será liberado imediatamente para que com ele se adquiram bens, serviços ou até para o pagamento de débitos.
No financiamento o cliente do serviço consegue pagar por um produto ou serviço caro, mas é preciso dar uma entrada e depois financiar o que falta em parcelas. Mas aqui é possível realizar a compra do bem imediatamente.
O problema do empréstimo e do financiamento são os juros. No consórcio não há os juros altos, e também não há necessidade de entrada.
Podemos dizer que o consórcio vale a pena porque funciona no contexto de pessoas com intenção de obter um bem semelhante e paga por este em conjunto.
Na prática, a administradora do consórcio coloca o valor das parcelas pagas em um fundo que é comum, que possui a utilidade de contemplar os consorciados periodicamente.
Todo mês, ou num intervalo de tempo proposto de antemão pela administradora, ocorre uma assembleia onde acontece o sorteio. Com isso, cada consorciado é contemplado por vez, até que todos obtenham o seu crédito.
Também é preciso ressaltar que o consórcio oferece opções quanto ao pagamento das parcelas. Se há a possibilidade de pagar um valor a mais, para que haja abatimento do valor total, é possível antecipar as parcelas por meio de lances, como em um leilão.
A depender em que ponto da duração do consórcio o lance é feito, é possível diminuir seu tempo pela metade ou até mesmo quitar de vez e receber a contemplação.
Por que vale a pena?
Eis os motivos pelos quais o consórcio vale a pena:
- Segurança das finanças
- Planejamento
- Simplicidade
- Acessibilidade
A começar pela segurança das finanças, e independente dos tipos, o consórcio vale a pena porque é certeira, no sentido de que, se fizer direito, não há surpresas. Basicamente, você está seguro quanto aos juros e quanto às parcelas que aumentam com o tempo.
No consórcio é possível pagar parcelas fixas do início ao fim, a não ser que você opte por antecipá-las, o que pode ser feito no lance.
O planejamento envolve um pouco o lado psicológico do consumo. Os empréstimos aparentam facilidade porque o dinheiro é “dado” imediatamente. Além disso, muitas vezes o dinheiro recebido no empréstimo pode ter um destino diverso do que sua intenção inicial. Some esse fator aos juros altíssimos e já se fez um bom motivo porque o consórcio vale a pena.
A razão da simplicidade e da acessibilidade têm a ver com o fato de que todos os tipos de consórcio não exigem entrada. Isso vale até para o consórcio para carro ou casa, que são mais caros.
Não é necessário juntar dinheiro para entrar no consórcio, apenas se planejar, ao longo dos meses, com a renda que você já tem. Por isso muitas pessoas consideram que o consórcio vale a pena.
O que é mais vantajoso: consórcio ou financiamento?
Mesmo após conhecer o funcionamento básico do consórcio, ainda pode restar a dúvida: é melhor que o financiamento?
Na verdade, essa questão depende da sua situação. Se o bem desejado pode esperar alguns meses ou anos, não tenha dúvida: faça o consórcio., pois é mais fácil e as chances de ser contemplado só aumentam ao longo do prazo estabelecido no contrato. Nesse sentido, o consórcio vale a pena, mais do que o financiamento.
Porém, se você realmente necessita adquirir o bem logo, como é o caso de muitas pessoas que fazem consórcio para carros, então o financiamento é a melhor opção. A entrada obrigatória corresponde a uma porcentagem sobre o valor total do bem, que é liberado pelo banco de imediato.
Quem paga o consórcio pode fazer financiamento?
A resposta mais simples dessa pergunta é: sim, mas há ressalvas. Via de regra, ao ser contemplado em consórcio é possível fazer uso da carta de crédito para pagar o restante que se deve em um financiamento anterior.
Esse é outro motivo pelo qual o consórcio vale a pena: a flexibilidade proporcionada pela carta de crédito. Mas atenção: o financiamento deve estar em nome do consorciado.
Por exemplo, o consorciado, em posse da carta de crédito, pode ir até o banco onde financiou um imóvel e quitar todo o débito. Assim, só restará o consórcio para quitar. Mas, vale ressaltar que isso só é possível quando a categoria do consórcio é exatamente igual a do financiamento.
Em outro exemplo, se a contemplação for referente a um consórcio para carros, mas o financiamento é de um imóvel, não será possível utilizar a carta de crédito. O veículo entra na categoria de consórcio de automóveis, portanto é incompatível com o financiamento, que é de um imóvel.
Cada detalhe acerca da possibilidade do uso da carta de crédito para pagar financiamentos está determinado por lei.
Consórcio é algum tipo de investimento?
Apesar de oferecer várias vantagens e ser uma opção de crédito para quem não sabe se planejar financeiramente e não pode adquirir um bem de imediato, o consórcio não pode ser considerado um investimento.
Os investimentos são caracterizados como um ganho de dinheiro a mais do que se colocou no início. Por exemplo, uma poupança, mesmo que renda pouco, é uma forma de investimento.
O consórcio não rende, apenas acumula dinheiro para obtenção de crédito de todos no grupo, de modo que cada consorciado seja contemplado pela carta de crédito a sua própria vez.
Em suma, no consórcio você paga parcelas para receber crédito depois. No investimento você injeta dinheiro para que ele renda de acordo com as taxas de juros e outros fatores de natureza financeira.